Do passado
Se costura novos casacos.
De de retalhos, de seda,
ou de espinhos.
A veste, travestida de pele
revela na carne os descaminhos.
Por onde andei?
Reconstruo meus passos
através dos espaços vazios.
O que não se foi, o que não se fez,
o que nunca será,
são os fios da fina seda
bordadas entre espinhos.
Por lá passeia o tempo,
como vento ou tempestade,
ou ainda como seca areia
cortante e doída.
Do que já foi,
ou do que não é mais,
ficou o rascunho dos sonhos perdidos.
E entre lembranças, feridas
e inverdades,
se esculpe no agora o que somos
sem nunca ter sido.
Espaço poético para a amizade entre escritos, criações conjuntas, trocas artísticas literárias... Nova forma de escrever: aberta, contínua, criativa, interativa... como as reticências sugerem!
quarta-feira, 11 de março de 2020
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
sobre verdades...
e se
não foi verdade
o
que
foi
esse abalo em mim?
coisas
não
reveladas...
melhor seria
guardar segredos
e tua
estranha matéria.
não foi verdade
o
que
foi
esse abalo em mim?
coisas
não
reveladas...
melhor seria
guardar segredos
e tua
estranha matéria.
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