terça-feira, 14 de setembro de 2010

Transfiguração da alteridade

Quem é o outro

até que eu o olhe

até que eu o encare

até que eu o penetre?

o outro,

é apenas o outro...

Mas,

quem é o outro

olhos nos olhos

sentido, falado

depois de tocado?

quem é o outro?

Quem é o outro
até que
desencane,
vibre em mil tons
e amanheça?

Quem é outro que
em mim mais arde,
mas já
não sabe
o que lamenta (?!)

Quem é outro
que em mim
habita,
faz pouco caso
de minha gritaria
e recolhe
nacos de zombaria?

O outro sou eu
que some,
mas é você
impregnado em mim,
que arrebenta tudo
e agora
pode me entender...

Danielle Antunes e Jéferson Dantas

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